quarta-feira, 9 de outubro de 2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013.
14:14 | Alexandre Tavares.
COLUNA.

Como um poste de energia elétrica, sinto meus pés fincados sob a terra de um dia pós-chuvoso da primavera, estético e paralisado, desgastado com o passar dos anos que se derramam sobre meus ombros criando um peso infortúnio. A penumbra do céu me entorpece durante a noite e os raios de sol me chicoteiam durante os longos dias de um Outubro lamentável. Queria poder dizer que amanhã seria diferente, que você passaria por mim lançando-me aquele olhar profundo para que meu corpo vibrasse como costumava ser sempre que estava com você. Finalmente eu voltaria a instigar meus instintos a se modificarem em sentimentos profundos, porque haveria uma razão, e seria você.

Como uma coluna, intocável por dentro, eu me mantenho de pé, estabilizado em uma posição decadente, mesmo parecendo feliz, então como o concreto que vemos paralisado entre uma distância média de 30 metros, cá estou. Onde todos que por mim passam, marcam-me ao menos com seus toques sutis e moderadamente despercebidos, mas que se tornam nada uma vez que você já havia passado por aqui um dia.

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